terça-feira, 22 de abril de 2008

pelo que foi, já valeu.

Tentarei ser breve porque estou com sono. Hoje considerei mesmo a idéia de abandonar esse blog. Já? É! Não tô gostando da dependência que isso me trouxe. No feriado todo mundo sumiu e tava dando tremedeira já. Odeio computador, mas passei três dias sentada (mentira. deve ter sido meio-dia porque eu dormi o resto do tempo) atualizando os blogs pra ver se alguém tinha atualizado. Como pode? Minha cabeça doendo, meu olho latejando, minha pele envelhecendo (não acreditooo que passei três dias na frente do pc sem protetor solar e só lembrei agora) por ficar muito tempo na frente do computador. Eu odeio computador, já disse? Odeio. E fiz isso. Cúmulo do vício.
Ontem comecei minha maratona de Twin Peaks, até que a Ju ligou pra me lembrar sobre a prova de GD (me relembrar, porque eu já tinha esquecido de novo). Resolvemos estudar juntas. Foi bom. As duas quebrando a cabeça pra lembrar como resolvia as questões cabreiras ao som de Lenine e Elis Regina. Hoje matamos aula do grosso do estúpido do incompetente do anti-didático professor de Computação (esses detalhes não vêm ao caso), e o importante do dia foi que o céu estava lindo e eu tirei meu primeiro 10 em Geometria Descritiva. \o/
AH! Tive uma aula ma-ra-vi-lhoooooooo-sa de Tecnologia e Sociedade, sobre o Existencialismo do Jean Paul Sartre. Nossa. Muito boa. Muuuuuito boa. Resumindo, as pessoas jamais serão livres. A liberdade é inalcançável porque sempre seremos escravos de algo, mesmo que esse algo seja a liberdade. Não que eu acredite nisso. Mas o Sartre teria morrido menos angustiado se aceitasse que sua teoria tinha como sumo único a inatingibilidade da liberdade. O professor não falou isso, mas deu pra chegar a essa conclusão ao fim da aula. Como a história é grande demais, vocês vão ficar na curiosidade. Não estou com disposição pra escrever tanto assim. Leiam Sartre! Eu li e recomendo.
Saímos cedo da prova de GD. Acabei não falando com a diretora do Departamento Acadêmico de Design porque ela estava em reunião, acabei não indo ao cinema porque só tá passando filme ruim, acabei não indo pra Yoga porque eu quero dançar tango. Em vez disso tudo, fui procurar roupa na XV, algo completamente inútil. Nunca vi tanta loja fim-de-carreira. Os donos deveriam todos ter aula de teoria da cor. É tanta estampa brega, tanta cor misturada, tanto tecido se confundindo, sem nenhuma ordem, sem seguir nenhuma lógica, que acaba dando um rebosteio mental ultracrônico, as cores ficam piscando diante dos olhos, a cabeça roda, dá enjôo, perda de ar e aí que niguém olha nenhuma peça e ninguém compra. Ou a loja é decente com roupas decentes custando 200 indecentes reais cada. ¬¬ Além do fato de que precisávamos comprar vestidos pra levar pra Manaus, e nenhuma loja mais em toda Curitiba vende roupas de verão. Foi frustrante ¬¬. Preciso urgentemente de uma loja barata de bom gosto que venda vestidos de verão.
Acabei passando por uma loja pela qual eu jamaaaaaaais poderia ter passado, ó céus. Agora eu vi as duas melissas apaixonantes da nova coleção no meu pé, e definitivamente ficaram perfeitas. Ou eu compro ou sonho pra sempre com elas. E sério, já tem melissas demais na minha lista de sapatos-que-saíram-de-linha-com-os-quais-sonharei-por-todo-o-sempre. Resultado: deixei reservado pra buscar amanhã. SÉRIO! SÃO LINDAS! PERFEITAS! Ainda bem que não tinha chegado na loja as outras 2 apaixonantes que eu vi no site. Minha mãe que vai surtar quando me vir entrando em casa com mais duas caixas de sapato. Ela vai gritar de novo "onde você vai guardar issoooo? não tem mais espaço pros seus sapatos no meu armário nããão".
Por que mulheres são tão consumistas? Pff. Eu não era assim. Depois que eu vi um pedaço de mim sendo levado embora pra longe acabei descontando tudo em sapatos (que absurdo!), tentando preencher o vazio de uma forma completamente inútil. Sei que é inútil. E só percebi que isso caracterizava minha fuga na semana passada, ou na retrasada. Tenho vergonha de admitir, mas acho que admitir é o primeiro passo pra começar a me recuperar de verdade. Sapatos não são desculpa pra fugir, eu sei. Nem os brincos que eu comprei hoje. Vou tentar me curar disso. Mas as vezes eu passo tanto tempo me esforçando, tanto tempo rindo apesar da saudade, tanto tempo me distraindo pra não pensar demais, que acho que eu mereço um presente, e me compro um presente. De qualquer forma, talvez seja hora de parar de descontar e enfrentar a realidade de frente. Talvez seja hora de aceitar. Talvez seja hora de me conformar e aprender a lidar com a saudade de forma efetiva e não dissimulada. Acho que por isso também pensei em desistir do blog. Não quero que seja mais um meio de evasão.
Fui numa loja de cosméticos pra comprar umas coisas (mais coisas) pros meus cachos, só que por ter esquecido minha lista de silicones hidrossolúveis não pude comprar nada. Cremes pro cabelo não são uma fuga, são uma necessidade. Ou eu invisto no meu cabelo ou eu raspo, porque tá um caso sério. Nunca cortaram meu cabelo tão mal. Desdo útlimo corte ele tá im-pos-sí-vel! Ai, agora estou em casa. Moída, com dor no corpo inteiro. Não pode ser cansaço porque eu dormi muito nos últimos dias. Talvez eu esteja ficando doente. Não sei, vai saber.*Comprei há mais de um mês um potinho lindo de vidro com umas coisas lindas e cheirosas dentro, lá na Tok&Stok. Minhas roupas estão começando a ficar com esse cheiro, tão bom! Tchau, gente. Talvez eu escreva ainda por algum tempo. Outro dia eu decido. Beijo.
Trecho da linda música que ouvi ontem, enquanto estudava. Do meu adorado Lenine. Chama-se "Anna e Eu" (olha, ele até compôs pra mim!)
"Andei pra chegar tão longe! Daqui de longe eu olhei pra trás. E foi como ver, distante, eu atravessando os meus temporais. Andei pra chegar mais longe e de lá de longe me ver feliz. Andei pra valer a pena. Olhei pra trás pro que é meu. Nosso passado ensina. Pelo que foi, já valeu."

2 comentários:

isabela. disse...

carol do céu!
você sentiu o terremoto?
rolou um terremoto e os prédios aqui tremeram.
meu pai ficou apavorado e me deixou apavorada!
O_O

mas parece que rolou em sp e veio pra cá D:

isabela. disse...

ui, deixa eu comentar direito.
aquela hora (cinco minutos atrás) tava apavorada.
é, hoje eu tava meio feliz.
acho que dá pra chamar assim!
aconteceram umas coisas aí...
e ao invés de ficar chateada, resolvi fazer cara de boba :D
quase nem te vejo, e sei lá.
acho que a gente é mesmo meio semi-conhecida.
mas, nossa.
eu gosto de você :D
e o prédio não vai cair e vai haver amanhã pro povão apavorado aqui do prédio!
:D