Sono = Post chato.
Não é que vicia escrever aqui? Ontem fiquei o dia inteiro fazendo trabalhos, mas fiquei doida pra terminar logo e vir escrever. Não deu tempo. Sem contar que esqueci o que eu ia escrever, aí perdeu a graça. Daquele jeito: "se não for pra escrever o que eu quero, não escrevo mais." Hoje a mesma coisa. Geralmente é pela manhã. Eu acordo muito pensativa e com sensações estranhas. Sempre reflito demais pela manhã. Ou acordo insensibilizada, indiferente, zumbi, e penso tudo metodica e sistematicamente... ou acordo bodeada, com preguiça das pessoas, e penso como um jiló... ou acordo feliz (só em dias de sol) e penso com paixão em tudo. Em dias como ontem, acordo com tanto sono que nem lembro que eu exito. Em dias outros acordo com vontade de chorar e analiso tudo que passa pela minha cabeça.
Blogs causam dependência. Mesmo que eu me comprometa a não berrar sobre minha vida, acabo escrevendo, mesmo que subjetivamente, demais sobre ela. Dias nostálgicos são propícios a isso também. A gente esquece de todos os pudores, todas os receios, fala e não quer nem saber. Meus últimos meses vêm sendo tãããão nostálgicos! Não estou entendendo isso. Sempre fui meio assim, mas agora tá forte demais. Sempre foi forte também, mas agora é o tempo inteiro, INTEIRO. Não subestimando o que eu vivo agora, não menosprezando meus dias. Eu aproveito, rio, acho bom, mas continuo viajando no passado. Nem reclamo disso, porque coisa que eu não consigo é deixar minhas lembranças pra trás, mas aaaaaaaah, tô muito grisalhaaaaaaaa todos os dias.
Hoje de manhã tava pensando sobre isso que os blogs causam em nós, essa dependência. Sabemos que somos lidos, mas parece mentira. A gente escreve como se estivesse pensando com os próprios botões, parece que vai continuar sendo segredo, que ninguém vai entender ou tomar conhecimento sobre aquilo. Ou sabemos que todo mundo vai saber e lá no fundo, sem nem tomar conta disso, queremos que saibam. Psicólogos chatos arrumariam um jeito de manipular a conversa até nos fazer acreditar nisso. Eles adoram ler Freud e Lacan pra decorar esquemas sobre o sub-conscicente. Manipulam essas informações e jogam em cima de ti pra pagarem uma de cultos, fazerem você acreditar que é mais problemático do que imagina, pra voltarmos aos seus consultórios eternamente garantindo suas aposentarias milionárias. Como odeio psicólogos!
Retomando o raciocínio, é difícil acreditar na internet pra falar a verdade. Eu posso muito bem estar internada agora num manicômio do século XVIII e esse blog, na verdade, é meu psiquiatra. Eu viajo essa história impossível de uma ferramenta que une as pessoas de diferentes países, finjo que o mundo inteiro pode me ler se quiser porque eu sempre quis ser famosa, e inventar essa história futurista de vida on-line e blog é uma forma de me abstrair da loucura e tornar o tratamento psiquiátrico menos sofrido. Na verdade, design é coisa da minha cabeça, minha faculdade mais ainda. Eu reclamo de sono porque me fazem ingerir muitos entorpecentes, eu fico tonta o dia inteiro e fantasio que é minha faculdade de design que me deixa assim. Design nem existe. Manaus não é cidade ainda. Encontro nacional de Design lá é minha mais nova invenção.
*sendo invenção ou não, eeeeeeeeeeeuuuuuuuuuu vooooooooooooooooooooooooooou!
Acabo de perder o que eu ia escrever. De novo. Perdi ontem, hoje de manhã e agora de novo. Quem sabe se eu voltar ao primeiro parágrafo eu não lembre?
AH! Acordar (uma pausa pra dizer: QUE FRIOOOOOOOOOO! e pra dizer: estou prestes a ser expulsa do computador pela irmã mais velha antes de chegar à metade do post. PÂNICO!)...
Peço permissão ao meu calouro pra tirar inspiração de uma música agora (Kzau, posso?). É da Adriana Calcanhoto, um dos poemas mais lindos que eu já vi. Não vou colocar inteiro porque senão não paro de escrever jamais nessa vida. A música me encanta mesmo, essa em especial. "Acordo. Os olhos chumbados pelo mingau das almas e os ouvidos moucos: assim é que saio dos sucessivos sonos." Já me identifiquei com vários trechos dessa música. Esse é o de hoje.
Um blog que li agora me fez pensar sobre quão interessante é ver a visão das pessoas acerca da vida e seus obstáculos. Uns se afundam e não vêem mais nada. É compreensível porque quando a pancada na cabeça é muito grande a gente se cega por muito tempo mesmo, meses ou anos, e não consegue ver mais nada. Outros conseguem se tão otimistas. Sorrir, mesmo que só por fora. Ou por dentro mesmo, por pouco tempo, mas de verdade. Admiro essa força. Outros encaram de frente, sentem nitidamente porque dão a devida importância a sentir tudo de uma vez quando a maré vem. E outros tentam esconder a qualquer custo, criam uma carcaça seja por medo de se expor, seja por preguiça de falar, seja por não se sentir confortável em dizer o que acontece, seja por não entender o que se passa. Tem os que tentam esconder com êxito. E tem os que tentam e não conseguem. Não sei bem em que grupo de escondidos eu me encaixo. Mas desconfio que eu não disfarço bem não. Pensei que eu convencesse, mas descobri nesse ano que não.
Um dia, no mês passado, acho, eu estava pensando as coisas que eu penso só comigo. De repente a Isa olhou muito séria pra mim, com uma fisionomia muito MUITO preocupada perguntando: "carol... CAROL! CAROL? Oq aconteceu? Vc tah bem?" Achei incrível! Achei fofo! Eu nem tava muito bem, mas me senti tão acolhida naquela hora que melhorei um bocado mesmo sem conversar a respeito.
Outra vez fiquei bem contente também. Eu estava sentada no pátio da UT conversando com o Murilo, o Luis e o Gui Verdaska. Estávamos falando besteira, quando o Gui olhou pensativo pra mim e disse: "Carol, você tá tão feliz hoje!" Eu fiquei surpresa e indaguei: "Tô, é?" e ele disse: "Anrãm, acho que nunca te vi assim." Achei tão bom! Tanto tempo que não me falavam isso. Quando parei pra notar, eu realmente tava bem alegre. Foi bom ser alegre de novo. Ouvir isso me fez muito bem. Mudamos de assunto logo em seguida e acredito que ele nem lembra que me falou isso, assim como a Isa naquele dia. Mas são essas coisas que as pessoas falam espontaneamente, tão verdadeiras, que mais nos tocam. É quando a gente vê que nosso esforço teve resultado, é aí que a gente vê quem se importa ou não com você, é quando a gente descobre com que contar.
O dia foi feiosíssimo ontem. Hoje fez um frio desgranhento. Antes de sair de casa, paquerei meu casacão de lã quentíssimo. Aí olhei pela janela e pensei "nem tá frio, vou passar calor com isso". Depois fiquei o dia sonhando com o meu casaco. Ó céus! Decidi também que é mais que urgente comprar um esquentador de orelhas. Prioridade de viiiddaa! Me irritei, como de praxe, com o professor incompetente-barra-grosso-barra-antididático-barra-outrascoisasruins de computação gráfica, depois assisti a uma palestra de tipografia seguida de uma animação megalegal que me causou uma mega de uma grande de uma super de uma intensa nostalgia ("oxi, assim era fácil demais, até eu!") e depois fui visitar uma fábrica de porcelana (período nojento esse que eu escrevi, a gente entra na universidade e vira analfabeto). Voltei com um conjunto de pires+xícara tamanho gigante. Estou super realizada com ele aqui na prateleira. Todo mundo comprou por 5 reais. Eu comprei por 5,50. ¬¬. Não me conformo com isso.
Vou indo embora porque me frusto mais a cada frase mal-feita desse post chato. Esqueci tudo que eu ia escrever. Tudo. Ia terminar o raciocínio sobre sono, acordar, e etc. Não lembro, droga, não lembro.
Não aguento mais chuva. Odeio tanto frio. Fico com um humor péssimo, e minha auto-estima tira folga.
Vou dormir...
pra amanhã acordar mais legal,
com disposição pra estudar história da arte pelo resto da minha existência
pra vender bem meu peixe na apresentação do projeto de composição2
Mentira. Vou assistiir à segunda temporada da série mais perfeita de todos os tempos: Twin Peaks! \o/ Do David Lynch! \o/ Meu humor tah voltando.
Tchau. Desculpem-me. Posts melhores virão.
Ah! A música: "Fábrica do Poema - Adriana Calcanhoto". OUÇAM!
Um comentário:
Claro que você tem a permissão de usar o meu estilo de blog!
Também acho que entramos na universidade viramos analfabetos.
tem cada texto que eu escrevo pras matéias que fica um cocÔ.
:U
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