domingo, 29 de março de 2009

por fa vooooooooooor


mãããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããeeeeee!
me leva lá!

sábado, 28 de março de 2009

pequenas grandes coisas que salvam dias

um banho quente.
sorvete de negresco, colomba maxi gotas, chocolate (tudo no mesmo pote).
sofá e filme.
revista bravo, livro e soneca.
um abraço.

quarta-feira, 11 de março de 2009

uma dose de transparência

Aos 19 anos, a gente bebe vodka nos queijos-do-amor (são bancos amarelos e escondidos da UTFPR) em aulas vagas, rasga folhas, desiste dos pontos de fuga (imagino você como uma arquiteta também, mães se espelham nos filhos... mas vai que até seu vestibular você me convence de outra coisa?), adia trabalho, conversa no tempo livre, e é super divertido. Mas no fundo, a gente morre de medo de estar brincando com fogo e só se dar mesmo conta disso ao se formar e não dar conta do recado.

A gente abraça demais (você vai ser uma abraçadora compulsiva também, é de família), gargalha, acha tudo engraçado, põe a mão no fogo por muita gente, bate e xinga os amigos íntimos, briga, pede desculpas, ama pra sempre e todas as variações disso. Mas dá um puta medo de que todo mundo suma ao final de alguns anos, porque “seremos amigos pra sempre” já ouvi vezes a fio, e em raras delas foi verdade. Dá medo! E as chances de você concordar comigo quando ler isso, minha querida, é infelizmente grande (mães e filhas concordam umas com as outras de vez em quando, UAU!).

Em vários momentos da vida, a gente escolhe quem deixar por perto e assiste quando vão embora. Não é sempre, mas acontece vezes o bastante pra quase te fazer desistir da humanidade (ou ter medo da morte, não da sua, mas dos outros). Quando somem podendo estar perto, a gente dá uma de orgulhoso e finge que não liga, uma das criancices que duram a vida inteira. Mas a verdade é que a gente sente uma enorme saudade de todos eles, e tem medo, mas medo mesmo, de ser sozinho no final das contas.

Em rodinhas, no bar, na esquina, a gente fala do futuro, diz o nome dos filhos (você se chama mesmo Inês? Ou Maria? Ou Marco Antônio? Ou Samuel? A lista que eu fiz é imensa!) e cria histórias dos amigos se encontrando em 10 anos. Um vestido de sfiha do habib's na Silva Jardim, outro gordo, outra freira, outra com 10 filhos, outra solteirona professora mal-comida do DADIN, outro amish, outra prestes a virar mãe pela 1ª vez (eu! =D) e etc. A gente planeja a grana, o carro e a Barcelona na sala. Sonhadores ou realistas, saberemos mais tarde. Mas a gente tem mesmo medo do que pode ser daqui até lá, e as brincadeirinhas engraçadas de humor-negro têm que pelamordedeus ficar só na brincadeira.

A gente mergulha na multidão, depois cansa dela. Foge nela e dela. No meio de tudo, diz que está tudo bem, que está superando e que as coisas caminham como devem. Mas a gente sente em cada olhada furtiva uma puta dor-de-cotovelo (ainda existe essa expressão?), se morde de ciúmes a todo instante, quase morre de saudades, o peito dói e a respiração pesa. As lembranças tomam conta, o olhar se torna vagovazio até que alguém diga "ei! tô falando com você!". E quando você estiver assim também e eu perguntar o que você tem, lá por volta de 2038 (=O eu vou estar velha! Céus!), possivelmente, você vai dizer que não tem nada, como eu acabei de dizer pra minha mãe.

Às vezes, a gente brinca com a vida, ri das emoções, fala "acho que eu sou meio burra" só pra justificar o coração teimoso. A gente tenta fazer as lágrimas virarem brincadeira, e quando não é possível dá pra esconder os olhos atrás dos óculos escuros (a moda agora é a de óculos gigantescos que cobrem o rosto inteiro, temos sorte. Se na sua época eles forem pequenos, vai ter que arrumar outro artifício). São disfarces e mais disfarces, porque a gente se acostuma com o constrangimento de deixar que vejam nossas verdades. Mas tem vezes que a gente precisa mesmo é falar sério, admitir em vez de esconder, poder chorar quando dá vontade, porra, e em algum lugar você vai achar quem te ouça (me surpreendi com isso hoje), mesmo que às vezes pareça difícil.

Não sei se você vai reagir como eu, mas tenho razões pra achar que também é uma tendência genética (torço pra te escolher um pai mais controlado que te salve dessa característica). A gente chega perto de quem se gosta e as cenas passam como borrões: misturadas, confusas e rápidas demais. A maior vontade é de abraçar forte e demoradamente, mas a gente acaba se impressionando mais vezes do que o necessário quando os segundos voam. Eles passam num grande branco sem registros e nos empurram pra minutos após quando o abraço já se desfez, quando não tem mais como abraçar o abraço almejado.

Só Deus sabe qual vai ser o remédio de vocês em 2038 (sério, não é legal repetir essa data). Agora, a gente escreve porque é seguro, porque poucos lêem blogs pouco divulgados (como esse) e é confortável desabafar sabendo que no dia seguinte as pessoas pra quem são dedicadas as frases provavelmente não saberão de nada caso a gente tenha se arrependido de escrever. Na verdade, isso é uma grande covardia (sua mãe tem seus momentos) porque as frases não deveriam ser escritos arrependidos, deveriam ser fatos falados.

Quando o coração prende na garganta, a gente adia, pensa em tentar, pensa em desistir, ou simplesmente acha que não adianta, mas tinha mesmo que chegar perto e falar a verdade pra nunca se arrepender de não ter falado. É melhor lembrar que o possível foi feito, porque só assim dá pra acreditar que as coisas são o que devem ser. É o famoso faça o que eu digo e não o que eu faço, não é mesmo? Por algum motivo eu parei na etapa de pensar em tentar ou desistir em silêncio (sabe, os momentos de covardia).

E quando a cabeça vira de ponta pro ar, demora um pouco até que tudo entre nos eixos, demora até a gente se achar de volta. Até que isso aconteça, numa hora as coisas parecem se encaixar nos seus devidos lugares pra no minuto seguinte o equilíbrio sumir outra vez. Os pensamentos não páram, não ficam em sossego num mesmo lugar, não se estabilizam. É exatamente isso que eu sinto agora.

Não só aos 19 anos, mas durante a vida, a gente faz de conta o tempo inteiro, mas tinha mesmo é que deixar de ser fingido, não acha? Isso é uma grande merda. Te digo que é melhor admitir, ainda que seja expositivo demais. É menos pesado. Carregar o silêncio nas costas pode ser desgastante. Talvez você se surpreenda ao notar mais semelhança entre nós do que imaginava. Ou então você é um rapaz e achou tudo isso um papo-de-mulherzinha insuportável (eu deixo você dar umas risadas da minha cara).

A você, filho ou filha. Um pedaço da parte frágil que os pais escondem dos seus rebentos. A nós, uma dose de transparência.

"...os edifícios abandonados, as estradas sem ninguém, óleo queimado, as vigas na areia, a lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos... por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas."

Lenine ainda me trás alguma calma. Você gosta do Lenine ou acha brega-música-de-velho-coisa-do-século-passado?

sábado, 7 de março de 2009

há que pôr o chão nos pés...

Não gosto daquela exaustão psicológico-decadente que procede uma noitada. Digo não gostar não por todas as consequências e efeitos colaterais ou qualquer coisa de ordem moral, mas por nesses dias me sentir, mais que em quaisquer outros, indiscutivelmente frágil. Frágil, sozinha, vulnerável e perigosamente entregue às saudades/fugas/crises e afins.

O creme de 10 minutos pro cabelo está no meu há 7h. A televisão está chata, os melhores amigos incomunicáveis, a concentração de leitura impraticável. A música está alta ou baixa demais (há horas procuro a intensidade ideal), o cobertor quente demais pra temperatura de agora, o sono quitado. Os litros de reflexões que vêm e se atropelam não deixam que qualquer raciocínio se conclua, são dezenas de interrogações sem respostas, objetivos semidecididos e conflitos não-resolvidos. As palavras não saem (não as que eu preciso que saiam) nem escritas nem faladas porque é fato que tem dias nos quais não adianta nada conversar com qualquer pessoa ou escrever em qualquer papel. O papel não cura e as únicas pessoas que ouviriam qualquer das idiotices que eu precisasse proferir, que saberiam diferenciar o que eu falo por falar e falo por sentir, os que conseguem me ver sem qualquer véu de disfarce que eu tente adotar, por algum motivo, não estão presentes. E esse conjunto de sensações faz do meu um dia longe de ser legal.

Solitária a multidão, vazia. Saber que a inserção da forma que lembro chega pra mim cheia de venenos (e que de outra forma não seria) faz crescer explosivamente a impressão de estar totalmente sozinha com a multidão que está longe de me conhecer. Me sinto uma estranha, guardando tudo, sendo a única a saber quem eu sou. E quando pergunto "quem aqui conhece mais que minha carcaça?" não acho nome nenhum pra responder. Não que seja culpa de alguém, é de ninguém. Mas é inevitável não lembrar de quando não era assim. É inevitável não me sentir absurdamente sozinha e anônima (e tendo a acreditar que nessa condição há vários além de mim).

Há dias em que não somos nós. Algumas vezes num mesmo dia fugimos de ser pra evitar o tédio. Mas quando o equilíbrio parece alterado é melhor não forçar a barra, calar a boca e ficar em casa mesmo. Acordar, lembrar das últimas horas e discordar de muito é quase como um atestado próprio de burrice, porque é inacreditável como num surto qualquer de semi-insanidade ou pseudoeuforia a gente pode acabar sendo o que não gosta. Soprando aos quatro ventos reflexões nas quais não acreditamos, sorrindo e assentindo, dizendo coisas que não achamos legal dizer... e por quê raios? Começo a odiar muito do que lembro e a idéia de apagar atos, escritos, ditos se consolida numa ambição quase irresistível não fosse a impossibilidade de concretização. Vem a urgência de mudar tudo, ou quase. Ainda não sei tudo que vou decidir ser mas sei o que quero apagar, ao menos grande parte, e começo por agora.

Há que pôr o chão nos pés.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Vai, alegria!, que a vida, Maria, não passa de um dia. Não vou te prender. Corre, Maria, que a vida não espera (é uma primavera, não podes perder)!

mais chico se ouve, mais chico se descobre: cura-tédio que dura a vida inteira.
calordosinfernos
sabe quando dá vontade de escrever e não sái nada?
bloqueio
é.
e tem algo pra amanhã
e eu lembrei agora que é uma reflexão ridícula
(ridículaidiota)
que foi passada na aula
ridícula!
eu nem fiz, droga
isso aqui tá ficando ridículo

segunda-feira, 2 de março de 2009

Belela diz:
é esse, então, o motivo da crise?
carôl diz:
também. tô numa fase metamorfótica na qual eu perco minha personalidade até descobrir o que eu preciso procurar de volta. acontece uma vez por ano ou uma a cada dois, por aí, mas sempre acontece e é estranhão. isso que me deixa meio louca e inconstante. o resto eh só uma crise adicional.
Belela diz:
você precisa voltar as origens, carol. hsuhausas amigas antigas, sabe como é. um ponto com o passado... haha uma época feliz da vida em que não haviam fins nem projetos em abundância.
carôl diz:
ahuahauhauahuahauahua (L)
Belela diz:
hahaha
Belela diz:
não desista de mim.
carôl diz:
nunca desisti
Belela diz:
aaah, mas nunca nem me chama pra um almoço, que seja
Belela diz:
poxa, isso é mesmo complicado, né?
carôl diz:
eu não sei seus horários. você tem aula de tarde. que dias são tranquilos pra almoçarmos?
Belela diz:
ah, hora de almoço é sempre 12h. não venha com essa hsuhauhsuhsas
carôl diz:
almoço quinta? enton?
Belela diz:
essa? fechou.


nhim saudadinha! ela sempre sabe me convencer.

canetapapel
naskjdndociojsaskljcnidhaslkdjmahdlkmaçlsjcdihfcoijrokçalsdcn
sonoridades improváveis e outras bizarrices mais
clec clec clec
me sinto limitada por palavras
(merdaponto)
ou seja tudo uma quarta dimensão
curious
whata bloody hell?
EXPLODE!
pow
nada
.


b o a n o i t e