domingo, 11 de janeiro de 2009

Transparece, então, o paradoxo de ser humano imerso imersoimensointensodisplicentedispensável em falhas e discordâncias. Porque, uma vez pertencendo a tudo que vivi, só me resta o silêncio cúmplice, culpado, sem direito a exigências. Um exemplo? Nos permitimos escrever até doer, em certos dias, mas, nesses mesmos dias, não falamos, não queremos nem sequer cantar (por um motivo ou outro, ou por motivo algum). A questão é: mesmo diferença entre palavras escritas e faladas? Por que não há paz em se sentir bem em silêncio com uma música qualquer? Por que o mundo duvida da alegria por não ser sempre saltitante? Por que minha alegria não pode, vez ou outra, se deixar descansar, se aconchegar em mim pra adorar os acordes que ouvimos juntas? Por que não há paz? Não pode haver paz? Há sentido em selecionar frases com significados pela metade para que o ínterim do texto, guardado em algum lugar, permaneça em sigilo? Pra quê sigilo? Há sentido? Agora, literalmente, existe sentido em algum lugar... qualquer lugar? Quem o inventou? Pra quê serve?

Existe?

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