domingo, 26 de outubro de 2008

uma música sem som....

Não gosto de reler ou lembrar textos passados. Acabo entrando em conflito e me vejo tentando explicar. Não gosto da ambigüidade, reflexo da incompetência de escrever subjetivamente que me caracteriza. O fato é que em momentos difíceis pequenas coisas me incomodam mais do que devem e eu tendo a repelir tudo a minha volta. Quando perco a força, sinto muita saudade deles, mais ainda. Penso que se eu pudesse conversar com eles, isso me bastaria. Mas não poder faz com que tudo pareça incrivelmente mais difícil, quase insuportável. Lembro da amizade deles e o resto parece não valer à pena. Sinto a alma sangrar e por alguns minutos a única solução parece ser a companhia deles de volta. Mas a impossibilidade me derruba e eu acabo superdimensionando problemas, subestimando coisas, rejeitando situações, largando tudo de lado... Escrevo coisas que nem são verdades. Ou são verdades, mas não me incomodam na maior parte do tempo. Ou são verdades-mentira, verdades em parte, apenas meias-verdades. Escrevo tudo explosivamente e depois vejo que talvez fosse um engano, ou talvez fosse verdade mesmo, a verdade de todo mundo, porque encontrar pessoas como eu encontrei é algo raro na vida, lidar com as outras é algo com que eu deveria estar acostumada. Mas, às vezes, é difícil viver menos, viver mais na beira, sentir só um pedaço, o mesmo pedaço que todo mundo. É difícil conhecer todas as cores, enxergar só uma de perto e ter todas as outras só na memória.

a música está aí porque eu queria ser ela hoje. o ritmo é gostoso, combina com agora, compensa meu silêncio de agora.

"uma canção por acaso, uma sem som"...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

É espantosa a forma como me afetam pequenos alardes. É uma carga emocional imensa que eu gostaria de saber guardar, um pouco, pelo menos. Tudo tem sentimento demais. Se algo é bom, me enche e me toma mais do que deveria. Se não é, me afeta de maneira igualmente grandiosa. Nem quando pareço fria estou indiferente. Minha frieza é apenas reflexo do excesso de peso, de raiva ou de medo. Isso cansa. Cansei de hipérboles.

É difícil ver que algo que eu quero tanto nunca vai ser meu. Algo de que eu tanto gosto escapa de repente da minha mão, se perde de vista, assim, de um dia pro outro. Pior ainda é ver o motivo disso, motivo tão pequeno. Às vezes eu vejo e percebo muito mais do que eu gostaria. Ver muito nem sempre é bom. Ver muito dói. O problema de ver é sentir raiva. Por outro lado, vendo menos eu perderia muito tempo. Olho muitos olhos e vejo disfarces e egoísmo, frieza e mentira. Há quem se prive de viver, há quem se prive de se encontrar por não saber sentir, por não tentar aprender. E alertar o tempo inteiro também cansa. Não vou passar por isso de novo.

Olhar ao redor e não ver quem realmente possa ouvir, olhar e não ver quem realmente me conheça... olharprocurar tanto e não ver ninguém... me abre um vazio gigante que fica difícil entender. Ainda me assusta notar que problemas superficiais (ou desimportantes dentro de mim) me transportam a tempos, lembranças e pensamentos tão profundos... Problemas pequenos aumentam a falta. Problemas facilmente superáveis sem a saudade, com ela se tornam bem mais difíceis. Me fazem lembrar daquele apoio, daquele abraço, da companhia, do que está agora tão longe, e a ausência faz tudo pesar mais, muito mais. Tudo o que eu queria é poder ver de novo a verdade dos olhos, poder ter de novo aquele abraço que sempre acalmava qualquer tormento. Queria aquele abraço, cheio de verdade, que não me deixava dúvida alguma, que apoiava e completava. As vozes, conversar, ouvir, queria ver... Queria voltar!, muito, muito! Me controlo pra não questionar, pra aceitar, mas a falta que me fazem só aumenta, não dá pra esconder, é foda continuar assim. A vontade é de jogar tudo pro alto, voltar, sumir, fugir, sabedeus. Não quero isolamento, também não quero conviver com supercialidades, aí procuro a solução e caio num dilema sem fim. Só não dá pra ficar aqui nos meus dias se sempre, no ambiente de sempre, com as efemeridades de sempre, com a desconfiança de sempre, assistindo aos joguinhos de sempre, lidando com as pequenezes de sempre, com a imaturidade de sempre, com a falta de amizade, com a mentira, com a futilidade de sempre, com tudo que em pouco não será mais do que um flash remoto sem importância.

Cansei mesmo. De tudo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

santos dois dias de descanso mental
maldita volta à realidade
pensapensa
cabeça lista sem querer
lista! GIGANTE!
segundaterçaquarta laboratório produção gráfica
terça ilustrações terça parcial de perspectiva
perspectiva! (madrugada inteira de segunda)
quando cláudio?
prazos!
a cada segundo mais um item
não acaba!
R! meodeos!
ilustrações muitas, atraso,
professora proclamando em público e alta voz minha dp
citcitcit! ah!
loucurapânicopânicoloucura
chocolate
sono
PÂNICO!
LIGA REGINA SPEKTOR! AH!
....they made a statue of us (Ufa! respira...)
saudades
falta fôlego!
...and it's contagious
queria tanto taanto um cinema amanhã
tenho aula amanhã
mas de tarde seria ideal um cinema, ah, queria tanto!
trabalhos.
domingo tem eleição
tem último dia de tarsila no mon
e tem trabalhos.
maldito post ridículo falando sobre oq eu menos tenho vontade de falar
... i'll never know if I go to sleep
cansei mesmo de não fazer nunca o que quero
não vou pôr título
ridículo não existirem mais acentos diferenciais
falta de coesão mode on
e que se foda esse blog também